
Em Portugal, como noutros países, existe um conjunto de antibióticos frequentemente prescritos para tratar infeções bacterianas. Abaixo apresentamos uma visão geral dos antibióticos mais comuns, com os seus nomes genéricos e exemplos de nomes comerciais usados localmente, além de orientações gerais sobre o seu uso responsável. antibióticos comuns portugal, nomes de antibióticos, antibióticos mais usados portugal Nomes De Antibióticos Mais Comuns Portugal
Antes de enumerar substâncias, é essencial sublinhar que antibióticos só devem ser usados sob prescrição médica. O uso inadequado, a interrupção precoce do tratamento ou a automedicação contribuem para a resistência bacteriana — um problema de saúde pública crescente. Em Portugal, a dispensa de antibióticos sem receita é proibida; consulte sempre um profissional de saúde.
Penicilinas e combinações beta-lactâmicas:
– Amoxicilina (amoxicilina): uma das penicilinas mais prescritas para otites, sinusites, infeções respiratórias e urinárias simples.
– Amoxicilina + ácido clavulânico (por exemplo, medicamentos comerciais conhecidos como Augmentin ou formulas similares): combina-se um inibidor de beta-lactamase para ampliar o espectro contra bactérias produtoras de enzimas que degradam a penicilina.
– Fenoximetilpenicilina (penicilina V): usada em algumas infeções da garganta e profilaxias específicas.
Cefalosporinas:
– Cefalexina (cefalexina): frequentemente prescrita para infeções de pele e tecidos moles e algumas infeções urinárias.
– Cefuroxima (cefuroxima axetil, comercialmente como Zinnat em alguns países): usada em infeções respiratórias e outras situações determinadas pelo clínico.
– Outras cefalosporinas de terceira geração podem ser utilizadas em contexto hospitalar mediante avaliação clínica.
Macrólidos:
– Azitromicina (azitromicina): utilizada em algunas infeções respiratórias, certas doenças sexualmente transmissíveis e em pacientes alérgicos às penicilinas.

– Claritromicina: alternativa em infeções respiratórias e gastrintestinais específicas (por exemplo, em terapêuticas combinadas para Helicobacter pylori).
Quinolonas (fluoroquinolonas):
– Ciprofloxacino e levofloxacino: têm um amplo espectro e são usados em infeções urinárias complicadas, certas infeções respiratórias e gastrointestinais. Devido a potenciais efeitos adversos e impacto na resistência, a sua utilização é mais criteriosa e, muitas vezes, reservada para casos em que alternativas não são adequadas.
Tetraciclinas:
– Doxiciclina: usada em algumas infeções respiratórias, acne severa, e certas doenças transmitidas por ticks. Não tomar durante gravidez e em crianças muito pequenas sem indicação clara do médico.
Nitrofurantoína e sulfamidas:
– Nitrofurantoína: frequentemente utilizada no tratamento de infeções urinárias baixas não complicadas.
– Sulfametoxazol/trimetoprim (co-trimoxazol): tem aplicação em várias infeções, incluindo algumas do trato urinário, dependendo da sensibilidade bacteriana.
Metronidazol e outros:
– Metronidazol: eficaz contra bactérias anaeróbias e algumas parasitoses; frequentemente usado em infeções intra-abdominais, vaginites bacterianas e em terapêuticas combinadas.
– Clindamicina: útil em infeções graves por anaeróbios e em alternativas para alergias à penicilina em alguns contextos.
Antibióticos de uso hospitalar e reservas:

– Carbapenémicos (por exemplo meropenem, imipenem): utilizados em infeções hospitalares graves ou por germes multirresistentes.
– Vancomicina: utilizada para infeções por estafilococos resistentes a meticilina (MRSA) ou outras situações específicas.
Como são nomeados e comercializados em Portugal
Os antibióticos são comercializados com nomes genéricos (substância ativa) e com nomes de marcas. O nome genérico permite identificar a substância (por exemplo, amoxicilina), enquanto o nome comercial varia consoante o laboratório. Nos receituários e nas descrições médicas, o uso do nome genérico é incentivado para reduzir confusões e custos. Muitos fármacos têm equivalentes genéricos disponíveis nas farmácias portuguesas.
Efeitos secundários e interações:
Antibióticos podem causar reações adversas como alergias (às vezes graves), perturbações gastrointestinais, alterações da flora intestinal e interações com outros medicamentos. Algumas classes (por exemplo, quinolonas) têm alertas específicos quanto a efeitos musculoesqueléticos e neurológicos. Informe sempre o seu médico sobre outras medicações, alergias e condições como gravidez, amamentação ou doenças crónicas.
Resistência bacteriana e medidas de prevenção:
A resistência antimicrobiana é uma consequência direta do uso excessivo e inadequado de antibióticos. Medidas eficazes incluem: prescrição adequada, completar o curso prescrito, não exigir antibióticos para infeções virais (como a maioria dos resfriados) e promover vacinação e higiene para reduzir a propagação de infeções. As autoridades de saúde em Portugal monitorizam padrões de resistência e emitem orientações terapêuticas baseadas em dados locais.
Recomendações práticas:
Procure sempre avaliação médica antes de iniciar um antibiótico. Não partilhe medicamentos, não interrompa o tratamento por conta própria e descarte corretamente embalagens e comprimidos fora de prazo — farmácias aceitam medicamentos para eliminação segura. Para alergias ou reações adversas imediatas, contacte serviços de emergência.
Conclusão:
Conhecer os nomes de antibióticos mais comuns em Portugal — tanto genéricos como comerciais — ajuda a compreender melhor as prescrições médicas e a dialogar com profissionais de saúde. No entanto, este texto é informativo e não substitui uma consulta. O uso responsável dos antibióticos protege a sua saúde e a comunidade.